segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Separações

Nossas vidas são caixinhas de surpresas.
Na maioria das vezes achamos que temos pleno domínio sobre elas e, quando menos de espera, algo acontece.
As situações mais difíceis são as separações.
Nestes últimos dias soube de várias separações que me fizeram repensar uma série de coisas.
Tenho uma amiga muito querida, dos tempos de escola, que está com a única filha morando do outro lado do mundo. Foi por um ano, e ficou mais um e agora vai ficar por muito mais tempo. Está grávida e quer continuar por lá. Acompanhei de longe o "sofrimento" da mãe quando da partida dessa menina pra tão longe, e o tempo que ela levou pra se adaptar à essa separação. Acho que o fato de imaginar ser algo temporário a ajudou bastante. Mas agora ela se vê sem a filha querida por perto e sem o neto que está pra chegar.
Ontem, conversando com a filha mais velha preferida, soube que um grande amigo dela está com a mãe muito doente, em fase terminal. É um outro tipo de separação, a definitiva, contra a qual nada se pode fazer. Sei, por experiência própria, que nessas horas fazemos uma retrospectiva de tudo que fizemos e de tudo que poderia ter sido feito pra essa pessoa ou com ela. Palavras que deixamos de dizer e frases que deveriam ter sido evitadas.
Hoje tive a confirmação que um daqueles superhipermegablaster amigos do peito está-se separando da esposa. Esta é uma separação que envolve pessoas que não pediram que isso acontecesse. São filhos queridos que sempre imaginaram que o casamento dos pais duraria pra sempre, amém. Uma separação que se espera seja "civilizada", sem cobranças ridículas e chantagem emocional, já que as duas partes estão interligadas para sempre através dos filhos.
Poucas são as separações que nos dão alívio completo. Afinal, se está havendo uma separação, é porque antes houve uma união, e tenho certeza que ninguém embarca na primeira já pensando na segunda.
Todas as três situações envolvem separações sofridas que gostaríamos de poder evitar.

5 comentários:

Anônimo disse...

AMÉM.

Raíssa disse...

poxa, quero saber quem são essas pessoas todas... mas muita força pra cada uma, porque com uma separação vem também muito crescimento e auto-conhecimento. Espero que todos gostem do que vão encontrar...

Rosana Tibúrcio disse...

Das separações que citou, a terceira aí é, na minha opinião, talvez a menos sofrida, pois o sofrimento de "estar junto", por certo, já existe faz algum tempo e pra quê? Pra sustentar o que foi prometido? ou o que foi bastante desejado noutro tempo?
E sim, não acredito que ninguém casa pensando em separação, pelo menos não foi no meu caso... mas, por vezes, ela é inevitável. Isso pra quem decide pelo não mais sofrimento contínuo de estar com alguém que não mais está com a gente.
Separação civilizada? A minha foi, inda bem!!!

Raíssa disse...

Eu acho que a cada dia mais entendo essas separações de casais. Cada coisa que acontece nos nossos dias nos muda um pouquinho, e no momento em que as vidas só se cruzam em casa, grande parte do tempo estamos sendo mudados por outros fatores, que não se consertam ao chegar em casa. É muito bonito um casal feliz há 20, 30, 40 anos, mas é muito pouco provável também. Cada um tem seu momento, suas mudanças, seus crescimentos. Se você for juntar os três casos do seu texto, a mãe da menina vai sentir essa separação de forma diferente que o pai da mesma, sendo mudados de formas diferente e tendo consequencias diferentes em cada um... a mãe do amigo ao ir-se, vai deixar nele uma marca que nenhuma esposa dele jamais sentirá por ele... isso pode desencadear reações... entende?? Eu penso assim!!! :) temos que estar felizes, não importa com quem ou depois de quantas separações.
(ooops, e empolguei)

UM DIA SEREI EU MESMA disse...

"É melhor esquecer" empolgou mesmo!! Hehe