quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aos homens

Ainda é possível encontrar homens machistas que insistem em diminuir as mulheres num bate-papo.
Àqueles que sempre dizem que as mulheres só atrapalham o trânsito eu sugeriria que "desaprendessem " a dirigir com elas, afinal, mulheres não matam pessoas participando de rachas, não dirigem bêbadas , nem provocam terríveis acidentes nas estradas.
Àqueles que, por qualquer motivo dizem:"Ih! ela tá na TPM" eu desejaria que, por 6 meses seguidos, eles sentissem as terríveis enxaquecas pré-menstruais, passassem pela real TPM, ou sofressem com as cólicas. E depois disso, voltassem a ter bom humor, mesmo sabendo que em 28 dias passarão por isso novamente. E novamente.
Àqueles que acham que as mulheres são "moles" e cheias de frescura, eu gostaria que parissem pelo menos uma vez na vida e admitissem que somos muito "machos" por aguentar essa dor.
Mas como toda regra tem exceção, existem os que não se importam de trocar um pneu (mesmo sabendo que elas sabem), os que assistem a filmes românticos e não têm vergonha de chorar, os que matam baratas. Os que realmente torcem pela igualdade dos sexos sem deixarem de ser cavalheiros. A esses eu desejaria que parissem, não pela dor, mas pela indescritível felicidade de dar a vida a um ser. Gostaria que pudessem receber, pelo menos uma vez na vida, o olhar que um bebê dirige à mãe enquanto está sendo amamentado. A esses homens, meu respeito e minha admiração.

CARPE DIEM

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

10 desejos impossíveis

-Perder o medo de água e de altura.
-Enviar Cid Moreira, Nana Caymmi e Sérgio Malandro pra Sibéria, sem retorno.
-Conhecer a Europa sem precisar andar de navio ou avião.
-Mobiliar e decorar uma casa do meu jeito.
-Protagonizar um filme tendo Richard Gere como par romântico.
-Ter uma voz afinada e cantar em barzinhos noturnos, acompanhada de um violão.
-Ir aos parques da Disney todos os anos.
-Que alguém componha uma música tendo euzinha como inspiração.
-Que o Rodrigo Lombardi olhe pra mim e diga: "Você é a mulher dos meus sonhos".
-Ressuscitar Fred Mercury, Frank Sinatra, Elis e Jessé.
CARPE DIEM

A filha caçula (também preferida)


RAÍSSA - Há várias origens. No árabe, é o feminino do nome Rais, que significa líder. Já em iídiche, quer dizer rosa. Em francês, significa pensadora. Mas também existe uma versão russa, que vem do grego rhaion, interpretada como livre, despreocupado.
Seja qual for a origem ou o significado, minha Raíssa é tudo isso e muito mais.
Faz questão de saber o nome das pessoas que a atendem pra depois agradecer-lhes dizendo seu nome.
Pega todos os panfletos que lhe oferecem em consideração aos que trabalham sob sol e chuva.
Cumprimenta a todos, sem exceção, do diretor ao servente.
Ajuda um idoso ou um deficiente a atravessar a rua.
Fez metade do curso de arquitetura, e diz que se achou no de administração.
Bem-humorada, é amiga pra toda a vida de quem merece. É líder sem pretender.
É uma excelente boleira. E gosta de MPB. E de forró. Pode?
Quando erro alguma coisa ou me esqueço de algo diz: "ÔÔÔ Cabeça!!!"
Tem 22 anos e por muitas, mas muitas vezes, foi mãe no lugar de filha.
Não tem pra ninguém. Ela é minha!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mirella - A filha do meio preferida


Mirella e Mimi. Não duas pessoas, mas dois lados de uma pessoa só.
- Profissional dedicada em frente a um quadro negro. Gosta de todos os jogos de tabuleiro.
- Tem tudo do pai. É a cara da mãe.
- Guerreira numa festa medieval. Gaijin num grupo oriental.
- Professora simples e despojada pela manhã. Esposa cuidadosa à noite.
- Tem duas irmãs: a mais velha e a caçula.
- Fera em informática. Competente em biologia.
- Gosta de todos os animais. Mas adora mesmo suas gatinhas Laila e Trix.
- A voz enérgica que repreende um aluno é a voz suave que elogia outro.
- Gentil e estudiosa. Alegre e companheira.
- Corinthiana de corpo e alma.
- As mãos fortes que tocam taiko são as mãos delicadas que fazem origami. E bordam.
- Às vezes é a fera. Jamais deixa de ser a bela.
Tenho um orgulho imenso de ser mãe dessa garota de 27 anos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Verena


A filha mais velha preferida. Que tem no companheiro querido o nome que seria dela se tivesse nascido menino: Fábio.
Menina gordinha que chamava bolacha de "cóin cóin" e fazia o avô se derreter por ela.
"Meio" desligada, já foi a um show em Sampa e deixou os ingressos em Brasília. E depois de enviados pra lá, foi pro estádio sem eles. Só ela!
Chorou semanas quando se mudou pra Venezuela, e outras tantas quando teve que voltar.
Adora berinjela e é especialista em risotos.
Super descolada no modo de se vestir, é vitrine de alguns estilistas em ascensão.
Tão responsável na profissão que a sustenta quanto competente na profissão que a realiza.
Meiga, alegre e feliz. É um prazer ser mãe dessa menina de 30 anos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Meu pai

Meu pai era um homem especial. Lindo de morrer, olhos verdes, bem galã de cinema. Fazia de tudo pela família. Pra ele, tudo poderia faltar, menos bons médicos e melhores escolas. E nunca nos faltou nada. Honesto e trabalhador foi, por muitos anos, um boêmio de carteirinha. Conheceu e foi amigo de muitos cantores e músicos da noite, numa época em que estes não tinham valor algum. Daí vem meu gosto por uma reunião onde haja um violão e onde eu possa cantar "sem medo de ser feliz".
Tinha o costume de apresentar as filhas por números. Ele dizia: " Esta é minha filha nº2. Esta é a nº4." Outras vezes dizia que tinha em casa 4 notas promissórias e um cheque ao portador, referindo-se ao meu irmão.
Em sua empresa de transportes, ele colocou o nome de cada filha em cada uma das carretas que possuía. Quando precisava de uma delas se comunicava com a garagem e soltava: "Sobe a Heloisa Helena. Dentro de 20 minutos pode subir a Vera Lúcia". Quando fui trabalhar com ele na empresa me acostumei com isso e percebi que houve muito carinho da parte dele em nomear suas carretas com nossos nomes.
Minha relação com ele nem sempre foi fácil. Por causa da maneira como foi criado, ele tinha muita dificuldade de externar seus sentimentos. Mudou muito depois que as netas nasceram. Muitas vezes, quando eu o via acarinhando ou beijando as netas, principalmente minha filha mais velha, eu sentia um misto de raiva, inveja e mágoa, por quase nunca ter recebido essas demonstrações de carinho. Ele se desdobrava pra ajudar as filhas mesmo depois de casadas, e sei que eu fui a que mais ajuda recebeu. E fui a única que saiu de perto da família. Foi muito triste pra ele quando levei pra longe sua neta mais querida. Naquela época eu não conseguia dimensionar a sensação de abandono que a distância provoca. Em alguns momentos a saudade pode dilacerar um coração. Hoje, tenho plena consciência que meu pai sentia muito amor por todas nós. Quisera eu voltar no tempo, mas com a vivência e maturidade de meus 53 anos, e dizer a ele tudo o que me vai n'alma. Isso, com certeza, me faria uma mulher mais feliz.

CARPE DIEM

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Que bom que existem os poetas, que escrevem o que nos vai na alma mas não conseguimos externar.

CARPE DIEM