segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sintonia

Não existe coisa melhor no mundo que amigos.
Tenho alguns amigos que merecem nota dez. Já escrevi sobre um deles, aquele da alma feminina.
Tenho outros dos quais vou falar vez ou outra.
Um deles é meu amigo desde nossos 15 anos. Estudamos juntos e sempre tivemos muita afinidade. Eu dizia a ele que, já que não iríamos nos casar, que ele seria então, meu padrinho. Dito e feito. Assim que marquei a data do casório reiterei o convite. Tive só um par de padrinhos: ele e minha queridíssima irmã de sangue e de alma.
Esse amigo é maravilhoso: lindíssimo (e agora que deve estar com os cabelos grisalhos, então!!!), elegantérrimo, classudo e divertido também. Tem uma risada deliciosa de se ouvir.
Tenho falado pouco com ele, pois ele mora em Sampa e eu aqui, no meio do país.
Mas sempre que preciso de um estímulo, um "up", chega um email, ou dois, abordando exatamente minha carência do momento. Isso se chama sintonia. É o que temos há mais de 30 anos. Sintonia. Bênção padrinho!

domingo, 29 de junho de 2008

Festa no Interior


Adoro as cidades do interior. As pessoas são mais ingênuas, mais caridosas, mais simples, mais confiáveis. E todo mundo conhece todo mundo.
Se estamos na rua conversando com o Fulano e a sogra do sogro dele se aproxima, ele logo vai apresentando. E a senhorinha, muito simpática vai dizendo: - Já soube que cês tão montando negócio aqui, né? Ih, cês vão gostá muito da cidade, tem de tudo aqui!
E tem festa junina também. Na praça! Com apresentação de vários grupos de dança, com criança perdida chamando a mãe pelo microfone, com espetinho, pamonha, pipoca, bolo de mandioca... e sem quentão. Esqueceram do quentão. Tem paquera na praça. Tem rojão soltado um a um, fogos de artifício que a criança acha que é uma nuvem que quebrou.
O respeito é tanto que a quadrilha principal só começa a se apresentar depois que o casamento na igreja matriz acaba, prá um não atrapalhar o outro.
Tem muito forró, bandeirinha de S. João. E tem forasteiros como eu, encantada com a cidade do interior.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

...

Sinceramente,
Não sabia que seria assim,
Esta chaga dentro do meu peito,
Uma dor que nunca chega ao fim,
Esse amor foi demais prá mim.

(Paulinho da Viola)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Luas

Ela é como a Lua. Tem fases. Quando pequena e até sua adolescência foi quase sempre minguante.
Um dia, o garoto mais bonito do bairro (em cidades normais existem bairros e todos têm turminhas), o mais bonito da turma, pediu prá namorar com ela.
Putz!!! Ela era tão minguante que não acreditou. E não aceitou. Mas no dia seguinte o garoto enamorado fez novamente o pedido. SIM!!! E a lua crescente apareceu.
Será que ela se transformou em lua cheia? Quem esperar, lerá. Hehe

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Terra e Céu

Recebi este texto como parte de um e-mail muito bonito.
Acho que vale a pena deixar registrado.

...Trabalhe como se não precisasse de dinheiro
Dance como se ninguém estivesse vendo
Cante como se ninguém ouvisse
Ame como se nunca tivesse sido magoado
Viva como se a Terra fosse o Céu.


Lindo!!!

domingo, 22 de junho de 2008

Eu e minha paciência

Tenho um enorme orgulho de ser parecida com minha mãe. Herdei dela algumas peculiaridades, como esquecer o nome de algumas coisas durante um papo (principalmente se a pressa prá falar for maior que o tempo para processar o pensamento) ou começar a rir de alguma coisa e não conseguir parar.
Mas acho que o maior legado que ela me deixou foi a paciência. Uma paciência infinita. Mesmo em situações onde um comportamento mais explosivo fosse "totalmente adequado", lá estava ela, a paciência. Com os filhos, com o marido, com a vida. Também sou assim. Descobri que a paciência, muitas vezes, desnorteia as pessoas à sua volta. E descobri também que minha paciência está precisando de uma recarga. Ai, ai, ai.

sábado, 21 de junho de 2008

Minha sombra


Pensei que só eu falasse com minha sombra. Foi um alento saber que há mais doidinhos por aí. Experimentem. O papo pode ser surpreendente e as respostas idem.

...

Não importa de onde viemos, sempre podemos chegar mais longe do que imaginamos.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

...

Uma planta.
Uma criança.
Um amor.
De uma forma bem simplista
uma planta necessita de adubo. E cresce.
Uma criança precisa de alimento. E cresce.
Um amor precisa de atenção, cumplicidade, liberdade, cuidado, paciência, respeito, abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim... e mesmo assim, muitas vezes ele não cresce. E morre.
Por isso tantos desistem dele.
Uma árvore.
Um adulto.
Um vazio.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Esperar... esperar...

Sou pontual. Raríssimas foram as vezes que fiz alguém me esperar. Procuro sair de casa com bastante antecedência para evitar que isso aconteça.
Tenho consciência de que algumas situações são passíveis de atrasos e nos obrigam a esperar, mas tudo tem limite.
Precisava fazer uma ressonância no joelho e, como já estava na rua, liguei para um hospital e soube que se chegasse logo, poderia fazê-la sem ter marcado hora. Dei sorte. Em 10 minutos estava lá. Isso é logo, não?
Cheguei às 10:40hs e peguei a senha (ah! as senhas). Depois de 20 minutos de espera, preenchi a ficha e fui informada que teria que esperar a autorização do plano de saúde. Mais 15 minutos e, já com a autorização, preenchi outra ficha, esta mais específica para o exame a ser feito.
-Agora é só esperar ser chamada.
-Obrigada.
Passados mais 30 minutos ouvi o agradável som de meu nome (eba!!!) e me pediram para esperar em outra sala. Quase 1 hora depois perguntei a uma enfermeira o porquê da demora.
-Ah! temos mais duas ressonâncias de crânio antes da sua.
-E demoram?
-Pelo menos 30 minutos cada uma. Por que a senhora não vai comer alguma coisa e volta?
Como já havia esperado tanto, achei melhor seguir o conselho da enfermeira e fui. Como não sou boba, comi rapidinho e voltei. Já pensou se um dos crânios não aparece? Mas os dois apareceram.
Ou seja, pelas minhas contas, no máximo às 14:00hs eu deveria ser atendida. Só 40 minutos depois desse horário fui, por fim, chamada. Aleluia!!!
- A senhora pode entrar nesse quartinho, tirar toda sua roupa (mas é só o joelho!!!) e vestir o avental. Não se esqueça de guardar tudo, fechar o armário e ficar com a chave.
-Ok, mas e o avental?
-Vou buscar.
-Senhora, temos que esperar um minutinho porque os aventais acabaram e foram buscar mais lá em cima.
Pela demora, "lá em cima" deve ser em outro planeta.
-Aqui, senhora. Pode vestir. Não se esqueça da chave.
Às 15:05hs entrei na sala de exame com o modelito azul hospitalar "chiquererésimo"
(como diria a futura sogra da minha filha).
E depois de 4 horas e 25 minutos de espera e 20 minutos de exame, saí voando do hospital pois tinha que chegar ao banco antes das 16:00hs para entregar uns documentos. Cheguei faltando 10 minutos para a instituição financeira fechar. Ufa!!! Dei sorte.
-Ah! É a esposa do Sr. Fulano de tal? Por favor, a senhora pode esperar que vou atendê-la depois deste cliente. Pode ser?
-Claro!
E eu saí do banco às 17:10hs. Cansaram? Eu também.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Alma feminina

Gosto de homens que têm alma feminina. Os gays têm. Eles entendem a TPM de uma mulher, entendem quando uma mulher diz que está "horrorosa" naquele dia, quando dizem que não têm "nada" prá vestir. Eles entendem nossas 42 trocas de roupa antes de irmos ao cineminha com nosso par. Mas eu tenho um amigo que tem alma feminina e não é gay. É casado, tem dois filhos, está em crise no relacionamento. E tem alma feminina. Fiquei mais de 20 anos sem vê-lo, e só me comunico com ele por MSN ou e-mail, mas nossos papos são fantásticos. É difícil explicar como ele pensa. Suas opiniões são muito centradas, objetivas, mas são também românticas e algumas vezes passionais. Conversar com ele é muito bom pois ele me faz entender o lado masculino das situações, mas faz as colocações femininas que só nós mulheres enxergamos. É uma pessoa muito especial. Uma vez perguntei a ele como pode um homem ser assim, e ele me respondeu que entende realmente as mulheres. É. Só tendo alma feminina. Palmas prá ele.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

E agora?


Tão fácil! Tão simples! E eu criei um blog. E agora? Minha filha mais velha me disse uma vez, depois de ler alguns depoimentos que fiz no orkut para pessoas queridas, que eu deveria escrever. Assim mesmo: "Mã, você já pensou em escrever?" Pensei! E agora, depois de passar dias com pensamentos fervilhando em minha cabeça... criei um blog. Será que dou conta? Cheguei a pensar: "e se as pessoas não gostarem das coisas que vou escrever?" Mas imediatamente percebi que vou escrever para mim, então, me desculpem as pessoas que não gostarem. Ou melhor, não precisam me desculpar. A excitação quase infantil que essa criação me proporcionou fez com que os pensamentos fervilhantes dos últimos dias desaparecessem. E agora?