terça-feira, 31 de março de 2009

Novas amizades



Quando conheci a Marina, na clínica onde eu trabalhava, adotei essa garota por ter a idade de uma de minhas filhas, por termos a mesma profissão e por outros vários motivos.
Ela me ajudou a criar meu blog. Só isso seria suficiente para ser-lhe grata, pois me fez um bem imenso tornar-me blogueira. Mas ela também me apresentou ao Guaraná com Canudinho, e passei a interagir com os guaranetes, que são pessoas fantásticas. Descobri efetivamente esse lado delicioso da internet, que eu desconhecia. Os temas propostos e os temas livres são sempre interessantes e muitas vezes hilários. Fui gentilmente convidada a postar algumas vezes, participei do amigo secreto/oculto/invisível no final do ano e passei a ser uma "visitete" assídua. Lá conheci a Haline, a Paulinha, o Rafa, o Genisvaldo, a Jéss, a Laurinha e tantos outros e re-conheci a Rosanita. Interessante que todos são amigos virtuais, já que pessoalmente, só conheço a Marinete e vi a Rosanita uma única vez. E depois de um tempo, mais um presente lindo do Guaraná: a Flávia. Já nos havíamos comunicado através de nossos blogs, mas atualmente nos "falamos" também através do MSN e os papos são sempre muito bons. Pessoa mais meiga, gentil, sincera. E canta. Canta muito!!! Ouvi algumas músicas interpretadas por ela e virei fã. E por intermédio dessas pessoas e seus blogs, conheci outras tantas, alguns poetas, alguns escritores...E agradeço então à Marina, que saiu de Patos pra me conhecer e me apresentar ao Guaraná, que me apresentou a todas essas pessoas que me são muito queridas. Gracias! Thank's! Merci!


CARPE DIEM

segunda-feira, 23 de março de 2009

Isso dá um trabalho!


720 pés de maracujá. Irrigação por gotejamento. Fita pra cada pé.

O sistema de irrigação por gotejamento é ótimo, mas há que se furar as mangueiras pra instalar os gotejadores, um em cada cova, e ninguém avisou que isso não deve ser feito com o sol a pino, já que as mangueiras laceiam com o calor. Todas foram esticadas e furadas e tiveram os gotejadores instalados, desde cedo até o final da tarde de vários dias. Sendo assim, algumas delas foram preparadas com o astro rei bem em cima de nossas cabeças.
Conclusão: estavam "amolecidas"e depois que o sol se foi, encolheram. Tivemos que refazer. Dois trabalhos. E quem ajudou a esticar as mangueiras? Euzinha aqui. Mesmo usando luvas, não há como evitar as bolhas nas mãos.
Cada pé de maracujá deve ter uma fita amarrada nos arames, bem na direção da cova. Amarra-se em cima e depois embaixo. 720 pés=1440 amarrações. 1,60m do solo a amarração superior e 20cm a inferior. Abaixa e levanta. Abaixa e levanta. Abaixa...Quem fez isso? Euzinha aqui. Não sei o que dói mais: as pernas, as costas ou os braços.
O resultado final é bastante interessante, mas a dedicação tem que ser constante, já que é uma cultura melindrosa e de um dia pro outro lá estão os cupins e as formigas.
Todos os dias reviso cada um dos 720 pés em busca dessas pragas e outras tantas.
Depois há que se fazer a desbrota, e deixar só duas ramas pra que ele se fortaleça. Quem? Eu.
Não há chapéu que refresque o "côco" nem protetor solar que dê conta.
Na identidade tenho 53, na maneira de encarar a vida 30, mas no corpo... me sinto com 109.
Mas quem disse que seria fácil?



CARPE DIEM

terça-feira, 17 de março de 2009

Prazer pela metade


Não consegui descobrir a autoria do texto (mas poderia ser de qualquer mulher)

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco. Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de "fácil").
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta. Quer beijar loucamente aquele cara gostoso, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em "acertar", tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão... Às vezes dá vontade de fazer tudo "errado". Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e um homem gostoso, nu, embrulhado pra presente. OK ? Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.


CARPE DIEM

quarta-feira, 11 de março de 2009

O som da chuva

Sempre morei em cidades grandes, e mesmo que fosse em bairros tranquilos, havia toda sorte de sons diários e característicos: buzinas, carros passando na rua, uma sirene lá longe, um avião no céu. Vez ou outra um passarinho.
Aqui, tudo é muito diferente, ou melhor, os sons são diferentes. Todas as manhãs acordo com uma sinfonia de papagaios avisando que "tá na hora de acordar". Quando algum morador passa pro andar de cima, o carro de som circula com uma música fúnebre avisando o passamento e informando local e hora do velório e sepultamento.
Chego ao sítio pouco depois das 7 da manhã todos os dias, e pelo caminho vou cruzando com muuuitos cachorros de rua. Cachorros de interior pois nem se preocupam em correr atrás do carro. Aliás, tem um cachorrinho que já deve ter morado em cidade grande, pois insiste em sair correndo de sua casa e me assustar com seu latido. INSISTIA. Depois que descobri onde ele mora, passei a frear rápido quando chego em frente à sua casa, frustrando o danadinho. É, eu também tenho um lado sacana. No sítio, alguns sons são constantes como o mugido das vacas das fazendas vizinhas, ou o som agradável de um pássaro chamado por aqui de Curicaca.
Mas nenhum som é mais fantástico do que o som da chuva chegando. Nas cidades grandes o céu escurece e a chuva cai. Em Bela Vista isso também acontece. Mas no sítio, a apenas 5 km do centro da cidade, pode-se ouvir a chuva chegar. Vou explicar: eu estava fazendo as amarrações no maracujal (assunto pra outro post) quando percebi que o tempo estava mudando. O rapaz que trabalha pra mim disse: "- A chuva vai chegar logo, olha o barulho." Agucei meus ouvidos, me concentrei, e consegui ouvir a chuva chegando. Sem raios, sem trovões. O barulho da chuva caindo na terra das fazendas, nas árvores. Chegando. A cada metro que aquela cortina cinza se aproximava, aquele som aumentava. Como se alguém estivesse aumentando o volume bem devagarinho. Como naqueles filmes que têm uma cena onde um som começa baixinho e vai aumentando à medida que algo se aproxima, e termina retumbante. Quando a chuva chegou, abrigados no galpão, eu quase não podia ouvir o que o rapaz falava.
E me emocionei. Jamais imaginei que um dia pudesse ouvir um som tão diferente. E tão bonito.
A cada dia que passo aqui, aprendo algo sobre a terra, as formigas, os cupins, como saber se vai chover olhando a lua. Nada até agora foi mais bonito do que aprender a ouvir o som da chuva que ainda não chegou. E estou aprendendo ainda mais a respeitar a natureza.

CARPE DIEM

domingo, 8 de março de 2009

Dia da minha sogra

Desde 1910 que esse dia é considerado o Dia Internacional da Mulher.
Pra mim, desde 1977 esse dia é o Dia do Aniversário da minha Sogra.
Adoro minha sogra. Ela é pra mim uma super sogra, quase mãe, que procura me agradar de todas as maneiras possíveis. Infelizmente moramos longe, há 1.100 km entre nós.
Mas procuro sempre falar com ela, às vezes mais até que seu filho. Minha filha caçula preferida é a cara da avó, e eu sempre brinco dizendo:
- Já pensou olhar pra cara da filha todo dia e lembrar da sogra? Ainda bem que gosto da minha!
Sempre que sabe que meu par vai a São Paulo, ela compra coisinhas pra mandar pra todas nós, minhas filhas e eu. E meu presente é o mesmo há anos: dois pacotes de balas de goma. ADORO.
Jamais comprei dessas balinhas pra mim. Só como as que ela me manda, pois têm um sabor especial.
Há 31 anos casada com seu filho, o início de nosso diálogo por telefone é o mesmo, nesse tempo todo.
Ela: -Pronto! (com um sotaque levemente italiano)
Eu: -Tá pronta? Tá pronta pra quê?
Ela: - Oi queridona!
Eu: - Oi sogrinha!
Antigamente, onde quer que eu morasse, ela nos visitava por 15 ou 20 dias pelo menos duas vezes por ano. Atualmente ela não quer mais viajar só e passou a ter medo de avião.
Lamento profundamente não tê-la mais perto, principalmente agora que tem a saúde tão fragilizada.
Pra mim, além de ser uma mulher muito bonita, com um nariz perfeito (que nenhum filho ou neta herdou) e maravilhosos olhos azuis, ela também é uma mulher dócil, gentil, frágil, carente e muito, mas muito querida.
Tomara pudesse trazê-la pra passar alguns dias comigo aqui em Bela Vista.
Enquanto isso não acontece...

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA SENHORA!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO SOGRINHA QUERIDA!!!

CARPE DIEM

sexta-feira, 6 de março de 2009

TOP 5




1- O que me faz feliz:
filha ligando pra dizer que sentiu saudades
acordar com passarinhos
falar com minha mãezinha
tomar sorvete num dia quente
viajar pra qualquer lugar
2- O que pretendo fazer um dia:
trabalho voluntário
aprender italiano e francês
dirigir um caminhão
viajar no trem da morte
ir a um jogo do Corinthians
3- O que não gosto de comer:
tomate crú
dobradinha
rim de boi (ou de vaca, claro!)
graviola
miúdos de galinha
4- O que não gosto de ouvir:
carro passando na rua com som alto
cachorro do vizinho latindo a noite inteira
sirene de polícia
briga entre pais e filhos
minha barriga roncando de fome
5- O que ainda vou ter:
um jaguar XJ-6 (sonha , sonha!)
um chalé nas montanhas
uma chuva de netos
uma casa com a minha cara
um marido aposentado
CARPE DIEM

quarta-feira, 4 de março de 2009

É incrível como para algumas pessoas nada do que os outros fazem é bom o bastante.

terça-feira, 3 de março de 2009

Meu neto será o quê?



Minha filha do meio preferida tem sangue negro, árabe, português, italiano e lituano. Seu par tem sangue okinawano, italiano e alemão. Quando eles tiverem um filho ele será um "legítimo" lusoítaloárabeokinawanogermanolituanoafricanobrasileiro

É, tá de bom tamanho. Miscigenação é isso.

CARPE DIEM